terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A Presidente que chegou para colocar ordem na casa!


A Presidente curtindo o carnaval 2011


Com quase 53 anos, a ser completados no próximo dia 17 de março, nascida e criada no n.º 19 da Rua Paula Freitas, a atual Presidente do Paula Freitas Futebol de Praia é sócia-advogada trabalhista e desportiva do escritório HSDV Advogados e da empresa de marketing esportivo Superatis Sports Marketing, com especialização em Direito e Processo do Trabalho e Direito Desportivo. Mãe de 4 filhos homens, os dois mais velhos viram e acompanharam seu pai, morador do Leblon que se apaixonou pelo futebol de praia de Copacabana, vestir com destaque as cores do Paula Freitas Futebol de Praia, e influenciados por ele também vestiram com muita garra esta camisa, um no gol (Rodrigo) e o outro na meia esquerda (Raphael). Hoje, o casula Lucas, com destaque, é o representante da família no futebol de praia.



Entrevista:


1 – O que fez você se interessar pelo Futebol de Praia?
Convivo com o futebol de praia toda a minha vida. Comecei acompanhando os jogos do pai dos meus filhos mais velhos, quando ainda éramos namorados. Depois acompanhando meus filhos. O futebol de praia faz parte da minha vida.

2 – Para você o que é hoje o futebol de praia?
É um esporte que ressurgiu das cinzas, após 10 anos na idade das trevas e que foi quase apagado pelo surgimento do Beach Soccer. E que nos últimos 3 anos, graças a dedicação e abstinência do Presidente e Diretores da AEFPERJ e dos Presidentes  e demais dirigentes  dos hoje 17 times Associados, vem buscando visibilidade na media, apoio e patrocínio público e privado, em fim buscando seu lugar ao sol.

 3 – Como você vê o Futebol de praia hoje?
Nestes últimos 3 anos, após a união dos times e a formação da Associação (AEFPERJ), ele saiu da idade das trevas,  passou pela idade da pedra lascada e chegou a idade da pedra polida. Hoje, são 17 times Associados, totalizando mais de 800 atletas inscritos. Fizemos 3 Campeonatos Cariocas e 2 torneios, o Márcio Banana e o Regional, mas parou por aí.

4 – O que falta ao Futebol de praia para chegar a idade moderna?
Falta apoio público e/ou privado, buscar investidores e patrocinadores, colocar no papel e registrar seu regramento, desenvolver um trabalho intenso de gestão e Marketing visando uma gestão mais profissional. Hoje não temos sequer uma sede, não temos um calendário, não temos um site. Falta segurança nos jogos, para garantir tranquilidade e um bom trabalho aos trios de arbitragem e atendimento médico para os atletas durante as partidas. A media nos desconhece ou nos ignora.

5 – Mais o que o Futebol de Praia tem a oferecer aos investidores e/ou patrocinadores e a media?
Temos  jogos todos os Sábados, de Janeiro a Dezembro, que tem como praça de esporte, com entrada franca e gratuita de cariocas e turistas brasileiros e estrangeiros, dois cenários de cartão postal conhecidos mundialmente, que são: a Praia de Copacabana e a enseada da Praia de Botafogo. Ambos os cenários, recitados e cantados por nossos poetas, compositores e cantores pelo mundo todo. No 1.ª cenário temos a Princesinha do Mar, a pérola do Atlântico, No 2.º cenário a enseada da Praia de Botafogo, ladeada pelo Pão de Açucar e pelo Cristo Redentor. Milhões de pessoas, brasileiros e estrangeiros, circulam por estes locais nos fins de semana. Aquele que colocar sua marca e investir no futebol de praia terá, com certeza, muita visibilidade, e excelente retorno. O Voley de praia deu certo. Por que seria diferente para o Futebol de praia?

6 – Como buscar estes investidores e/ou patrocinadores?
Para os times o 1.º passo é criar seus Estatutos, registra-los no Cartório de Registro das Pessoas Jurídicas e obter o CNPJ junto a Receita Federal. Apresentar projetos para captar recursos através da Lei de Incentivo Fiscal e a Lei do ICMS, que aprovados, facilitam obter recursos junto a iniciativa privada. Para a Associação este trabalho já deveria estar sendo feito, pois em junho ou julho, fará 1 ano do Registro do Estatuto e do CNPJ. E já devíamos estar com projeto pronto para 2013, para apresentar junto às comissões, assim que abrissem os prazos.

7 – E para os atletas, qual seriam as vantagens?
Como o esporte ainda é amador, não podemos remunerar os atletas, mais podemos oferecer uma ajuda de custo aqueles mais necessitados. Alguns times são oriundos de comunidades do bairro, e a maioria dos times tem atletas destas  comunidades, neste convívio democrático que é o Futebol de Praia, onde asfalta e morro sempre conviveram em harmonia. Se tivermos a televisão podemos pensar em direito de imagem. Podemos oferecer um seguro de vida e/ou plano de saúde. Hoje eles não tem NADA. Jogam por prazer e amor ao Futebol de Praia. E por que não pensar a curto e médio prazo em profissionalização do esporte. Temos que pensar e fazer projetos sempre para o futuro do Futebol de Praia. As palavras são; PLANEJAMENTO e GESTÃO.

8 – E no PFFP, o que está sendo feito para o futuro?
Registramos nosso Estatuto, estamos tirando nosso CNPJ e preparando projetos para apresentar a possíveis investidores e/ou patrocinadores e para no próximo ano apresenta-los as comissões que aprovam projetos com base nas Leis de ICMS e Incentivo Fiscal. Reativamos nosso blog, vamos fazer um trabalho de divulgação de nosso time junto as medias sociais. Vamos  tentar manter o quadro de atletas, oferecendo uma melhor estrutura de treinamento, tentando manter o grupo unido e focado, criando um identidade do atleta como time, buscando novos atletas, principalmente para a categoria Aspirante. Hoje temos atletas bem jovens (com 15, 16 e 17 anos) de excelente qualidade e grande potencial.

9 – Como está o PFFP no Campeonato Carioca de 2011/2012?
Cometemos um erro na virada do ano de 2009 para 2010. No campeonato de 2009 tivemos sérios problemas de disciplina com alguns dos nossos atletas dos Aspirantes, havendo ameaça, inclusive, de sermos banidos, o que nos levou a decidir por acabar com a categoria. E, injustamente prejudicadas, as laranjas boas que estavam no meio das podres, foram buscar outros times para jogar. E nós corremos o Carioca de 2010, apenas com a categoria Amadora. Este erro de tática nos fez chegar a 2011, sem categoria Aspirante e com um time Amador com atletas beirando ou com mais de 30 anos. E hoje estamos pagando o preço pelo nosso erro, que refletiu na campanha do nosso Amador.
A presidente em seu escritório

Atualmente, o nosso Aspirante está em plena ascensão, na briga pela classificação. Os meninos tem um potencial incrível e o grupo é muito unido e determinado. No final da temporada, alguns atletas vão subir para o Amador, e, ainda temos atletas suficientes para recompor nosso Aspirante. É um trabalho a médio e longo prazo.
10 – O que espera para o futebol de praia nos próximos anos?

Maior planejamento com um calendário pré-definido, projetos elaborados com metas e objetivos claros, orçamento aprovado, contratos de patrocínio e marketing. Todos os times com seus estatutos devidamente registrados e CNPJ. A formação de categorias de base, sub 15 e sub 11 de cada time (escolinhas), o que garantiria a formação de novos atletas, e conseqüentemente garantiria o futuro do futebol de praia.

Um comentário: